sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Como saber se pesquisas de opinião são assertivas ou não?

 Quais seriam as eficácias assertivas de pesquisas de opinião?
 Veja aqui algumas reflexões sobre o tema!

 Frisando sempre que o conteúdo dessa publicação é meramente informativo.

 
Créditos da imagem: Arek Socha - por Pixabay

AS PESQUISAS:

 Devemos frisar que existem dois tipos de pesquisas, as quantitativas e as qualitativas. Geralmente, as que são feitas são as quantitativas, principalmente para determinar a quantidade de pessoas que se manifestariam contra ou a favor de algo, por exemplo. E é mais sobre essa que vamos falar, mas as reflexões servem para ambos os tipos.

 Vamos usar como exemplo de reflexão as pesquisas eleitorais, que no momento atual, são realizadas em grande parte de maneira presencial e isso denota algumas condições adversas que afetariam a assertividade de tal pesquisa.

 O primeiro ponto é a limitação dos entrevistadores, de só poderem estar em um local de cada vez e atingir um determinado público de pessoas que estavam passando por eles naquele horário.

 Por exemplo, se um grupo de entrevistadores ficar em frente a uma universidade e, quando acabar as aulas eles começam as entrevistas e a coleta de informações e opiniões. O problema é que eles só vão conseguir as opiniões das pessoas que estão saindo naquele horário, daquela universidade e não de todos os estudantes dos demais períodos.

 Para que a pesquisa seja assertiva, precisariam de uma amostra de pessoas entrevistadas muito grande, perto da quantidade total.
 Por exemplo: se uma universidade tiver 10 mil alunos, uma quantidade razoável para se ter uma opinião coletiva em pesquisa com alunos daquela faculdade, seria em torno de 25% a 30% da quantidade total de alunos, que por esta proporção, seriam de 2,5 a 3 mil entrevistados, no mínimo.

 E esse é outro problema que as pesquisas eleitorais, por exemplo, enfrentam atualmente, pois se no exemplo da universidade já é complicado ter uma quantidade expressiva do contingente entrevistado, imagine de uma cidade inteira, um estado ou até mesmo do país?

 Pesquisas com amostragem muito baixa, ou seja, poucas pessoas entrevistadas em relação ao número total, dificilmente seriam assertivas nos resultados, pois não teriam ouvido uma grande parte do total e dificilmente retrataria a opinião real da população.

 Se, por exemplo, uma cidade com 10 milhões de pessoas, tiver uma pesquisa que expresse um resultado sobre determinado assunto, no qual a quantidade de pessoas entrevistadas foi de 250, podemos considerar esse número muito baixo, perante o total de pessoas que a cidade possui.
 Para a pesquisa ter assertividade neste caso, a opinião de cada um dos 250 entrevistados deveria expressar, pelo menos, a opinião de 40.000 pessoas ( 250 x 40 mil = 10 milhões ).

ENTÃO PESQUISAS NÃO SÃO VÁLIDAS?

 São válidas. Elas abrangem uma área específica e mostram os resultados baseados nas opiniões que as pessoas expressaram. Porém, o que se deve levar em consideração, sempre, é a quantidade de entrevistados ( amostra ), que se for muito baixa, a pesquisa tende a ter uma assertividade menor em comparação a outras que tiveram mais pessoas entrevistadas.

 Vimos isso demonstrado algumas vezes na história recente, como a eleição de Donald Trump para a presidência dos EUA em 2016, quando quase todas as pesquisas apontavam o contrário. De forma similar ocorreu a eleição de 2018 para a presidência do Brasil, onde a maioria das pesquisas apontavam que o então candidato que venceu, perderia para qualquer outro num segundo turno do ano de 2018 - que concretamente estava equivocado, pois ele ganhou.

 Portanto, sempre vale a máxima de verificar a amostra de pessoas pesquisadas e refletir se é um grande número de pessoas comparado com o total da situação, que a pesquisa entrevistou, independentemente de se tratar de pesquisar eleitorais ou quaisquer outras.

 Lembrando que com o advento da internet e o desenvolvimento das tecnologias como um todo, as pesquisas podem hoje ser realizadas com uma amostragem muito mais precisa ou maior do que no passado e, consequentemente, com uma taxa de assertividade muito elevada.

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